Numa manhã de Primavera, eu estava com a minha irmã Íris num jardim. Estávamos a passear, quando, de repente, eu lhe disse:
- Íris estava a pensar se podíamos ir visitar outros sítios ainda mais lindos do que este jardim!
- Mas não podemos ir sem avisar os nossos pais, porque eles podem ficar preocupados - declarou a minha irmã.
- Claro! Achas que eu não ia avisar os nossos pais! – exclamei.
Lá fomos nós em direcção às nossas casas. Quando dissemos aos nossos familiares o que estávamos a planear, ficaram boquiabertos, porque não estavam à espera que nós disséssemos aquilo.
Os nossos pais pronunciaram:
- Para viajarem têm de ir à Agência de Viagens.
- Nós sabemos – dissemos em coro.
Passado poucos horas, chegámos à agência, sentámos e esperámos pela nossa vez.
Quando a senhora disse “Seguinte!” nós fomos para perto do escritório e ela mandou-nos sentar. Íris disse:
- Queríamos viajar.
- Para ilhas tropicais e maravilhosas.
A pessoa que nos estava a atender mostrou-nos várias ilhas. Nós decidimos para onde queríamos ir e afirmámos:
- Queremos visitar as Ilhas Selvagens.
- Está bem, o custo será de 325 euros cada pessoa – declarou a senhora.
E a Íris, preocupada, murmurou:
- Nós não temos tanto dinheiro.
De repente, a mulher exclamou:
- O meio de transporte será o avião e têm um mês para pagar!
Nós saímos para a rua e começámos a conversar:
- Tenho uma ideia!
- Diz, por favor…
- Irmos trabalhar para um bar perto do jardim.
- Boa tentativa, mas nós temos aulas.
- Há sempre uma solução!
- Mas qual?
- A única solução é trabalharmos só depois das aulas e aos fins – de – semana, para podermos ir nas férias do Verão.
- És fantástica, tens ideias de génio.
Chegámos ao jardim e começámos a observar a linda paisagem e também nos imaginámos durante aqueles dias de viagens, sem o nosso jardim.
Trabalhámos tanto que conseguimos ter o dinheiro suficiente para pagar. Decidimos em que dia é que partíamos, 16 de Junho, escolhemos a roupa adequada e fomos fazendo as malas.
Quando chegou o dia nós pedimos:
- Pai, podes levar-nos até ao aeroporto?
- Claro que sim! – exclamou o pai.
- Obrigada – dissemos em coro.
Andámos várias horas de carro até chegar ao aeroporto, quando chegámos, entrámos no avião e sentámo-nos. Eu disse:
- A viagem só vai durar 2 horas, porque só vamos até à Madeira e depois vamos de barco até à Selvagem Grande.
Passado 2 horas o avião começou a aterrar e a Íris exclamou:
- Finalmente, estava a ver que nunca mais chegávamos!
Pegámos nas nossas malas e saímos do transporte. Começámos a observar aquela paisagem e a cheirar aquele odor agradável das flores.
Nós pegámos numa flor cor-de-laranja, como não sabíamos o nome dela, perguntámos ao nosso guia e ele disse que a planta se chamava estrelícia. Encantadas com tudo aquilo começámos a ver as lojas. De repente, o nosso guia exclamou:
- Andem meninas, o barco está à nossa espera!
- Já vai! – respondemos nós, ainda a olhar para as montras.
O rapaz voltou a chamar e nós tivemos de ir.
Estivemos à espera sentados nos bancos que estavam perto do porto, passado poucos minutos, ouvimos um som parecido com o som do barco.
-Está a chegar – disse o guia
O barco era branco, tinha dentro dele algumas pessoas e estava prestes a parar.
Quando entrámos, um senhor perguntou se tínhamos bilhetes, e eu disse que sim, comecei a revirar a mala e tirei-o para lho dar. A Íris também fez o mesmo.
Quando chegámos às Ilhas Selvagens eu disse:
- Já não precisamos de vocês, por isso podem ir, só vêm de novo dia 25 de Agosto.
Começámos a olhar à nossa volta. À nossa frente via-se a floresta, atrás de nós estava o mar azul e calmo.
- Anda, vamos explorar – afirmei.
Começámos a andar… De repente, ouvimos uns sons estranhos. Avançámos com muito medo.
- Não achas que devemos ir embora!? – sussurrou a Íris.
- Estás maluca!? – exclamei.
Ouvimos novamente o grito e eu dei um passo atrás, mas respirei fundo, enchi-me de coragem e avancei em direcção à selva. De novo, ouviu-se um estrondo, mas não tive medo fui sempre em frente e vimos um dinossauro com o pescoço gigante, tivemos muito medo.
- Olá – disse o dinossauro – Como é que vocês se chamam?
- Eu sou a Sílvia e ela é a Íris.
E eu voltei a falar:
- Tu falas?
- Claro, porque é que perguntas? – disse ele com voz enrouquecida.
- Porque nunca vi um dinossauro a falar – disse eu.
Conversámos e ficámos lá a dormir, o dinossauro chamava-se Índia. Fizemos uma cabana muito gira, para podermos dormir.
No dia 24 de Agosto nós dissemos:
- Hoje não podemos brincar.
- Porquê? – perguntou Índia.
- Porque amanhã vamos partir – afirmámos.
Índia começou a chorar muito e nós tentámos acalmá-la, mas não adiantou nada, ela continuava a chorar.
- Não chores, para o próximo Verão voltaremos – declarámos.
- Até lá, vou estar aqui sozinha sem ninguém para brincar e depois vocês vão contar aos humanos que eu existo e, a seguir, vêm de propósito para me matar.
- Claro que não, nós vamos guardar segredo – afirmámos.
Fomos dormir, de manhã ouvimos o apito do barco, levantámo-nos e escrevemos:
ADEUS ATÉ AO PRÓXIMO
VERÃO!
BEIJOS DAS TUAS AMIGAS.
Entrámos no barco a chorar e um marinheiro perguntou:
- O que vocês têm?
- Nada, nada.
Quando chegámos a casa fomos logo ter com a mãe, contámos-lhe tudo e a mãe disse:
- Se tornássemos a ilha num local turístico, a Índia teria sempre companhia.
- Obrigada! – respondemos em coro.
FIM!
Sílvia Carvalho - 4.ºB
EB1 de Penacova (Cheira)
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