SINOPSE:
Alves Redol (n. Vila Franca de Xira, 29 de Dezembro de 1911 – m. Lisboa, 29 de Novembro de 1969) é pioneiro e construtor do movimento cultural do neo-realismo. Investigar a terra portuguesa e o seu povoamento humano, reinventando o legado etnográfico oitocentista e das primeiras décadas do século XX, levou-o a maturar a sua escrita comprometida e a aglutinar à sua volta inúmeros projectos no domínio da literatura, da etnografia, do cinema e das artes visuais; com eles perseguiu incansavelmente o sentido emancipatório do trabalho intelectual e da cultura. (…) A direcção da revista Nova Síntese – Textos e Contextos do Neo-Realismo decidiu reservar o presente número para reunir textos de distintos especialistas, que resultam das conferências proferidas no Congresso (1.ª Parte) e de algumas das comunicações apresentadas (2ª Parte). Acreditamos que, com este número da Nova Síntese, inequivocamente se aprofundam as leituras críticas sobre a obra literária e cultural de Alves Redol.
Índice:
1. ALVES REDOL – HORIZONTE REVELADONota introdutória
1.ª PARTE – CONFERÊNCIAS
Alves Redol e a poética do romance: encruzilhadas e derivas ideológicas
por Carlos Reis
Poética da transformação do texto em Avieiros
por Maria Alzira Seixo
Avieiros, de Alves Redol. Uma história das pequenas epopeias
por Helena Carvalhão Buescu
Para a história do neo-realismo: O Cavalo Espantado, testemunho ético-poético
por Ana Paula Ferreira
Alves Redol e a desconstrução do género: O Muro Branco
por Maria Graciete Besse
«A mão será a mesma?» – Notas autobiográficas de Alves Redol
por Paula Morão
Redol – O realismo e a «palavra-pele»
por Isabel Pires de Lima
Alguns prefácios ou leitura(s) de Redol
por António Pedro Pita
Alves Redol: do ‘etnografismo’ à construção de uma poética da narrativa neo-realista
por Vítor Pena Viçoso
Gaibéus: obra de arte ou ensaio etnográfico? Alves Redol, a literatura e a antropologia
por Manuel Gusmão
Buscar a identidade na alteridade: Lopes-Graça e o conceito de ‘povo’ na música tradicional
por Mário Vieira de Carvalho
2.ª PARTE – COMUNICAÇÕES
Explicar, fixar, ajustar parâmetros do neo-realismo português
por Izabel Margato
Concepções de Alves Redol sobre a ficção e a narrativa: prefácios a Avieiros e a Fanga
por Antony Cardoso Bezerra
Prefácio de Alves Redol num livro de contos: Carlos Pato ou o homem que trazia o futuro no coração
por José do Carmo Francisco
Alves Redol nos ‘anos de chumbo’ do neo-realismo
por João Madeira
Entre a utopia e a distopia: a cosmovisão neo-realista
por Ana Cristina Correia Gil
Limites do literário na obra de Alves Redol
por José Manuel de Vasconcelos
A intertextualidade: um princípio da escrita redoliana?
por Lucien Diouf
Pensamento e acção de Alves Redol no neo-realismo visual:
a estética, a arte e as artes visuo-plásticas
por Luísa Duarte Santos
‘A natureza mecânica da realidade’ – A fotografia e o Movimento Neo-Realista
por Emília Tavares
De bloco em punho e ‘máquina-de-tirar-retratos’: Alves Redol, o documento e a fotografia
por David Santos
O efeito pictural e o efeito fílmico na narrativa de Gaibéus
por David Lopes
Percursos de Alves Redol pelo teatro: panorâmica focada na sua criação dramática
por Miguel Falcão
A Vida Mágica da Sementinha: poesia e ciência ou dos modos de conhecimento do mundo
por Bernardette Capelo-Pereira
Constantino, a infância e o sonho: superação das tensões essenciais da obra de Alves Redol
por Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da Silva
A obra para crianças de Alves Redol: o lúdico, o didático e o pictórico
por Anabela de Oliveira Figueiredo
2. TEXTO EXTRA-CONGRESSO
Crença e resignação no romance A Barca dos Sete Lemes, de Alves Redol
por Isabela Gomes Bustamante
3. ACTIVIDADES DA ASSOCIAÇÃO PROMOTORA DO MUSEU
DO NEO-REALISMO